Textos de Alberto Moreira Ferreira

Poemas do Móvel, Poesia Doutro Dia, Textos de Alberto Moreira Ferreira
Vi até onde - Mares cor de fumo
De desfocar acender e apagar
E sombras irromperem nos canais
Temerários heróis sentados em órbitas 
O vestido à medida oxidando à medida
Como o eu extensão de outro
Onde o ar do chão passado ainda toca
E um frio de sepultar embrulha
Nas ilhas chove e faz sol e o tempo muda conforme a estação do ano e a extremidade do braço a partir do pulso 
No ar a ausência de luz brilha e no chão um fio de pulso definha
Há formas geométricas empurrando tons com a parte exterior das cavidades abdominais 
Tal a escuridão por vezes existente dentro de nós
De mim, deste velho refletor vermelho 
No sangue em pé na sombra sentado deitado jamais 
Velho, peixe preso nas redes comuns do tempo
Sem esperar esperando sem
Nada a cobrar naturalmente 
Dentro e fora de mim sem nenhum dedo para te meter na boca
(Passato il pericolo gabbato il santo)
Guardador despidor independente-
mente
Como a neve depauperando o farto
Exaurindo o obi
A suster-se