Textos de Alberto Moreira Ferreira

Poemas do Móvel, Poesia Doutro Dia, Textos de Alberto Moreira Ferreira
Estás numa caixa da tarde
No princípio da noite
Estrelada, de estrelas frias predadoras 
Suficientemente longe
Num mundo que de humano tem apenas a morte
Tens a voz embargada
E num bolso um papel 
Pegas na caneca, na caneta, pintas e trocas 
O resultado por um bilhete para outro mundo 
Um recanto de algodão           Queres dormir 
     mas nem assim
Ainda sentes as unhas os dentes O silêncio 
      é frio noturno 
O cheiro das hienas com seus hábitos
Noturnas, o desprezo pela vida humana
Também tentei e não consegui