No cavalo baloiço em fogo
Melado com o teu aroma
Único em ponto de rebuçado
Como o vampiro stream
Na boca em chamas gémeas
Esquecendo a sepultura
Das nove horas da manhã
Da bússola da lage sombria
Chorando à beira da noite
Tal a vide deitada no lume
Como as pedras que ardem
Na penosa escrava do pulso
Pela comunhão, por amor!
Por erva nos lugares vazios
As Macieiras brilham e a rotina
É a solidão que vejo no espelho
O veneno é sempre o mesmo
Na casa dos barcos o cabelo
Cria piolhos numa cadeira
Os degraus são como cães
Já as oliveiras não caçam
Acordam a poesia a galope
O barqueiro adormece-nos
Como a neve da fornalha
Se não for esta tarde depois
À noite as ovelhas são luzes
E apagam quando a manhã
Mas as oliveiras não
E que fazer agora que me içaste a bandeira