Textos de Alberto Moreira Ferreira

Poemas do Móvel, Poesia Doutro Dia, Textos de Alberto Moreira Ferreira
Há uma tarde em que te afastas
Um corpo que já não reconheces
Um lugar deliquescente - Ai que
Parece fim de dia - Ai que a vida
A morte quer levar-me com ela

O relento é da onomatopeia dos sinos
O fumo da vastidão do desconhecido
Será aqui que as ruas se abandonam
Tudo parece conduzir ao instrumento 
Alambrado - Ai que obeso esmagado

Nesse momento poderias ser um cão 
A abraçar a chuva como quem some
E tu és um grito emergindo - entre
-tanto, abre-se o sol como uma flor
Extingue-se o sombroso e volta a;
Bendita para que connosco te deleites
    E inales 
                   A harmonia