Textos de Alberto Moreira Ferreira

Poemas do Móvel, Poesia Doutro Dia, Textos de Alberto Moreira Ferreira
Sabes, esta angústia mão querida nasce do que não vejo
Não é como o vento que se sabe onde nasce mão querida
É como sementes de pinhas caídas sem chão 
Enfim, o sempre só dá-me águas pelas barbas 
Não que um sol profundo não viva integrado
Aprendo com ele, à noitinha observo a lua
Os pássaros em movimento, do raiar do dia à noite
Com estes filhos da chuva e da terra
E a sombra, e a sombra, e a sombra
As aves dentro de portas esculpidas pelo tempo
E a sombra mão querida
Sabes, o inverno chegou aqui, morreu um passarinho 
Faz frio no sempre só e eu não sei se estou magoado
Esquecido do que é preciso para ir à rama e chegar ao mar