Textos de Alberto Moreira Ferreira

Poemas do Móvel, Poesia Doutro Dia, Textos de Alberto Moreira Ferreira
Solidão não é: estou sozinho
É uma tristeza profunda
Viver acompanhado no meio 

De tantas e tantas ausências 
E ninguém está perdido ninguém 
Foge se isola, aliás ninguém 

Ninguém existe até perceber que;
Estamos sozinhos, nasce-nos
E renasce-nos a imaginação mas

Tudo é um nado-morto até o animado
E quando morremos solenes ausentes 
De nós 

E morrer não é importante 
Mas depois o segundo passa 
O terceiro passa e o quarto
É como um acidente

Saudoso habituas-te à sobrevivência 
E pensas no primeiro, na dádiva que
Te deixou infeliz

Não direi ao abandono porque a beleza é algo que se afasta e tu gostas de ti